Estamos todos bem! Tirámos uma semana de férias para repor energias e já estamos de volta.
Felizmente, tenho tido cada vez mais encomendas e cada vez gosto mais do meu trabalho. Sou uma sortuda por poder fazer uma coisa que gosto muito e ao mesmo tempo ser mãe a tempo inteiro, ainda que isso signifique que sejam muitas a noites em que me deito tarde a más horas.
No mês passado a Rita trouxe uma carrada de piolhos do jardim-de-infância e quando demos conta já os tínhamos todos menos o pai, que tem o cabelo sempre rapado. Aos rapazes bastou fazer um tratamento e rapar-lhes o cabelo. A mim foram precisos 3 tratamentos, litradas de vinagre e pintar o cabelo e eles lá sumiram - só de falar nisso já me estou a coçar toda. Fiquei com o cabelo todo estragado por causa dos cremes e do pente, mas pelo menos já não habitam bichezas nos meus lindos caracóis. À Rita acabei por ter que a levar a cortar o cabelo à rapazinho... nunca na minha vida pensei ver tantos piolhos juntos numa cabeça só e o cabelo dela, liso e fininho, também não ajudou muito. Só conseguimos dar conta do recado com o Parapio e depois de estarem mortos lá a levei a cortar o cabelo para lhos conseguir tirar...
O João passou para o segundo ano. Depois de um segundo período um bocadinho atribulado, a meio do terceiro lá desencalhou na leitura. Acabou o ano com Bom a língua portuguesa, o que me deixou muito aliviada. A matemática manteve o Muito Bom. O comportamento também melhorou significativamente, mas estava mesmo a precisar de férias!
O Pedro está bem, já nos vai dando umas noites razoáveis, mas longe das noites tranquilas e longas dos irmãos. Foi à consulta de rotina com a pediatra e com a médica de família e, como mantém o tom alaranjado na pele, aparentemente por causa do caroteno da cenoura e da abóbora, apesar de eu ter reduzido a quantidade que coloco na sopa, acabaram por decidir que o melhor mesmo é retirar totalmente estes dois ingredientes da comida dele e aguardar cerca de dois meses para ver que a pele fica com o tom normal. Se isso não acontecer terá que fazer análises ao fígado (não vai ser nada, não vai ser nada, não vai ser nada...). Entretanto já passou um mês e meio e ele continua meio alaranjado. Vamos ver.
Eu tenho estado bem. Depois do meu "burnout" e com a ajuda do maridão e dos meus amigos - e um empurrão de um antidepressivo fraquinho - sinto-me eu outra vez. Ainda tenho inícios de ataques de pânico, mas com menor frequência e que tenho conseguido controlar. O sentimento de tristeza aparece em doses normais, como todos temos. Já não me sinto deprimida e sem rumo. Sinto-me com mais energia, embora quebre a meio do dia. Um dia de cada vez e a coisa vai lá.
Entretanto na terça-feira tenho consulta de otorrino (consulta da voz) de seguimento à cirurgia à tiróide. E em silêncio vou contando os dias que faltam para setembro, altura em que volto ao IPO para as análises, ecografia e consulta. A melhor prenda de anos que me podiam dar era saber que está tudo bem - e está, e está, e está!
Nos últimos dois meses tenho também andado a pensar em baptizar os miúdos. Não me considero uma pessoa religiosa, sou mais espiritual e acredito que tudo se complementa e que podemos tirar o melhor dos ensinamentos que nos chegam. Tive uma educação católica, fui à catequese - que detestava - e fiz tudo até ao crisma, altura em que comecei a questionar a instituição "igreja" e as pessoas que a representam. Adiante, sou uma pessoa que confia muito na intuição e numa bela noite senti que devia e queria baptizar as crianças para "oficializar" os padrinhos que escolhemos para eles. Gostava de os baptizar a todos no mesmo dia mas, como o João já tem 7 anos, vai ser difícil que o baptizem sem fazer dois anos de catequese. Ainda é um processo em andamento, mas que deve ser para concretizar. O George é ateu, mas percebeu e aceitou os meus argumentos, mas não se envolve no processo.
E é isto, passo meses sem cá meter os pés e depois sai um testamento :)