Ontem tive a primeira consulta no IPO. Gostei muito da médica, foi muito acessível e explicou-me tudo bem explicadinho. Disse-me que o mais importante, tirar a tiróide (e o tumor) e os gânglios do compartimento central do pescoço, já estava feito e bem feito. Tal como o meu endocrinologista particular, também ela me disse que a biópsia que fiz há quatro anos estava errada - o que para eles, médicos, serve também para avaliar o grau de agressividade do tumor, para mim serve para ter acessos de fúria porque se anda a brincar com a saúde das pessoas.
A reter na minha cabecinha é que, segundo a médica, a taxa de cura deste tipo de cancro da tiróide no IPO de Lisboa ronda os 100% e é nisso que devo focar as minhas energias. Explicou-me que vou ficar internada três dias e depois terei que ficar mais uns dias em isolamento (posso estar com adultos com algumas restrições, mas não com crianças e grávidas). Antes do tratamento vou ter que fazer uma medicação nova durante quarenta dias e uma dieta específica que a seu tempo me irão explicar.
Mandou-me fazer uma
(outra) ecografia
(que eles chama de estadiamento) ao pescoço e análises para determinar a dose de iodo radioactivo que vou ter que fazer e pediu para marcar consulta para daí a três semanas, altura em que marcaremos o tratamento (que será em Dezembro).
Como as pessoas que trabalham no IPO parecem ter uma invulgar sensibilidade e capacidade de tratar os doentes como seres humanos, conseguiram fazer-me a ecografia e as análises ainda na manhã de ontem, logo depois da consulta - na ecografia não foi observada nenhuma alteração significativa. Assim sendo, antecipou-se a próxima consulta para dia 5/11, altura em que saberei o resultado das análises e a data para fazer o iodo.