... para bebés e crianças. E para grávidas!E aqui vem um tema polémico...Andava eu a fazer o reconhecimento da Bertrand que abriu no novíssimo Arena Shopping, em Torres Vedras, quando este livro me encontrou.
Aqui está uma resposta a algumas dúvidas e ansiedades que me têm acompanhado desde que engravidei. Tendo eu uma alimentação preferencialmente vegetariana (como peixe, frango - cada vez menos - ovos, leite de vaca - um copo por dia, o restante bebo de soja - iogurtes, manteiga e queijo), desde o dia em que a minha família e amigos souberam que estava grávida que começou a "pressão" do: "TENS QUE COMER CARNE".
Ora, já tenho aqui algures um post anterior em que faço referência a isto, a minha questão não era só o facto de eu não querer comer carne por opção, a verdade é que quando como carne vomito! Tão simples quanto isto! Quando bebo leite de vaca fico mal disposta e com azia. Portanto, parece-me que o meu próprio organismo me está a dizer algo. Se me faz mal... não como! Progressivamente fui substituíndo a carne por soja, tofu, seitan... e rendi-me à cozinha vegetariana!
Felizmente a minha ginecologista teve a capacidade de me tranquilizar e fazer-me entender que a carne não é assim tão importante durante a gravidez. Se não como carne, posso comer soja, leguminosas (feijão, lentilhas e grão), iogurtes, ovos e queijo... E mesmo em relação ao leite de vaca... quase todos os leites de soja são enriquecidos com cálcio e são de fácil digestão. O único inconveniente é mesmo o preço...
Claro que já ando a ponderar como se irá processar a alimentação do bebé quando chegar a hora de introduzir as proteínas... mas a verdade é que as proteínas não se encontram só na carne e no peixe...
A verdade é que,
socialmente, não estamos prontos para aceitar uma mudança deste calibre. E, infelizmente, não são muitos os médicos que conhecem o assunto a fundo, de forma a poder aconselhar adequadamente as mães e todas as pessoas que escolhem o vegetarianismo.
"Equilíbrio e bom-senso são dois ingredientes imprescindíveis, tanto na vida como na alimentação."Gostei também do facto de a autora não ser "extremista": "Contudo, não se aconselham regimes demasiado restritivos. O regime ovolactovegetariano que, como o nome indica, inclui ovos e lacticínios, permite a adaptação da criança a um maior leque de alimentos e facilita a sua integração social, pelo que poderá ser uma opção muito válida."
Aqui ficam ainda alguns mitos apresentados no livro:
- "O Regime Vegetariano não é adequado para crianças ou adolescentes:
FALSO! Vários estudos confirmam que as crianças e os adolescentes vegetarianos apresentam um crescimento e desenvolvimento normais para idade, tendo, em geral, ligeiramente menos peso do que aqueles que têm um regime omnívoro;"
- "O Homem é, por natureza, carnívoro:
FALSO! A nossa constituição física (nomeadamente a dentição e o sistema digestivo) indica que não fomos feitos para comer carne. Somos naturalmente frugívoros, sendo a fruta, os cereais e os vegetais os alimentos mais adequados."
...
"
Os alimentos de origem vegetal podem substituir por completo a carne e o peixe na alimentação das crianças. Conheça as vantagens de uma alimentação natural, rica e equilibrada, que contém todos os nutrientes essenciais,
é mais saudável e menos susceptível de causar reacções alérgicas. Soja, tofu, seitan, doces naturais sem açúcar adicionado e muitos outros alimentos típicos da cozinha vegetariana podem fazer as delícias dos mais pequenos.
...
"Gabriela Oliveira é jornalista e mãe de duas crianças vegetarianas. Há vários anos que tem vindo a publicar artigos sobre as temáticas da alimentação e da saúde na imprensa nacional. Realizou em alguns pontos do país seminários dedicados à alimentação vegetariana para bebés e crianças, contactando directamente com pais, professores e técnicos de saúde. "